Nos últimos tempos, o Panamá tem chamado a atenção de muita gente. E não é só pelo clima de verão o ano todo ou pelas belas praias caribenhas. O país tem uma das mais altas taxas de crescimento da América Latina.
A economia cresceu cerca de 6% ao ano entre 1993 a 2018. Isso significa um avanço bem mais rápido do que o de outros países de desempenho tradicionalmente robusto – como Chile e Peru – e o dobro do ritmo de crescimento da América Latina como um todo, que foi de 2,9% ao ano no período.
Com isso, o Panamá também conseguiu atingir um dos maiores níveis de renda per capita da região. Segundo a previsão do World Economic Outlook, o PIB per capita do Panamá deve ultrapassar o do Chile em 2019. A projeção, inclusive, é de que chegue a US$ 35.400 no próximos cinco anos (hoje é de US$ 25.676), patamar semelhante ao da Eslovênia, Lituânia e República Eslovaca – três economias avançadas.
Um dos impulsionadores de toda essa força, sem dúvida, é o Canal do Panamá, que existe desde 1914. O Canal liga o Oceano Atlântico, através do Mar do Caribe, com o Oceano Pacífico, sendo uma das mais importantes rotas marítimas do mundo. Sua estrutura, de tão imensa e complexa, foi considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.
A obra permite que grandes embarcações possam atravessar de um oceano ao outro pelo continente sem ter que contornar até o final da América do Sul (como era necessário antes de sua existência), fato que facilitou intensamente as rotas e consequentemente o comércio mundial.
O Canal do Panamá desemboca no Porto de Colón, que está localizado, assim como toda a cidade de Colón, em uma zona franca, considerada o maior entreposto comercial livre de impostos das Américas. Atualmente, a Zona Livre de Colón é a segunda maior zona franca do mundo, só perdendo para a de Hong Kong.
Além do Canal e da Zona Franca, o país implementou políticas que melhoraram o clima de negócios, liberalizou o comércio e privatizou empresas públicas a partir da década de 90. Outras políticas econômicas de destaque foram a adoção de práticas modernas de regulamentação bancária e o fortalecimento do regime de dolarização – o dólar dos Estados Unidos é moeda oficial no Panamá, juntamente com o Balboa.
Vale ressaltar que os Estados Unidos detiveram o controle do Canal e da Zona Franca até 1999. Mas os laços com os americanos permanecem no apoio aos negócios, desenvolvimento e turismo. É muito comum, por exemplo, que jovens panamenhos estudem em universidades dos Estados Unidos e retornem ao país para trabalhar. Assim, apesar de não contar com uma educação reconhecida mundialmente, o Panamá conta com executivos de sólida formação.
O país também tem relações comerciais com o Brasil. Em 2018, o comércio entre Brasil e Panamá totalizou US$ 1,94 bilhão. As exportações brasileiras somaram US$ 1,92 bilhão, ao passo que as importações brasileiras totalizaram US$ 13,94 milhões. A balança bilateral é marcadamente favorável ao Brasil, com superávit de US$ 1,91 bilhão.
Natureza, cultura e gastronomia
É verdade que no Brasil pouco sabemos sobre esse país de biodiversividade exuberante. Panamá na língua indígena é “abundância de peixes, árvores e borboletas”. Para se ter uma ideia, o Panamá conta com 10.444 diferentes espécies de plantas e 972 de aves, segundo a Sociedade Nacional para a Proteção da Natureza do Panamá. A razão para tal abundância ecológica é a posição geográfica privilegiada do país, devido ao istmo, que serve como um “corredor biológico”.
O Panamá tem uma população de cerca de 3,5 milhões de habitantes e um território com área total de 75.517 mil km². Sua capital, a Cidade do Panamá, é uma metrópole moderna e vibrante, que se assemelha a Miami em muitos aspectos.
No centro histórico da cidade, a arquitetura colonial se destaca, tendo influências da colonização espanhola, francesa e antilhana, com estruturas que foram feitas na época da construção do Canal do Panamá.
A Cidade do Panamá tem ainda inúmeras atrações culturais, como o Museu do Canal Interoceânico, a Plaza de la Catedral, o Palacio de las Garzas — que é o nome oficial do palácio presidencial, devido às inúmeras garças que habitam o edifício —, o Parque Natural Metropolitano, a Plaza de Francia e, é claro, a entrada do Canal do Panamá, em Miraflores.
Já a gastronomia panamenha é uma mistura única de influências africanas, espanholas e dos nativos indígenas. Assim como seus países vizinhos, o Panamá também tem uma culinária que utiliza o milho em suas receitas, em opções como tortillas e bolos (que são muito parecidos com a nossa pamonha, sendo preparado em folha de bananeira).
Outras especialidades são as torrejitas de maíz (um bolinho de milho fresco), as empanadas, as hojaldras (um tipo de donut de massa folhada coberto com açúcar), os discos fritos de massa de banana da terra verde, entre outros.
Enfim, há muito o que se conhecer no Panamá. Para quem deseja dar início a uma carreira internacional, trata-se de um país repleto de oportunidades. Mas lembre-se que falar espanhol fluentemente ajuda a conseguir uma boa colocação no mercado panamenho e a entender a cultura local. Por isso, se você planeja viajar ou trabalhar em outro país, conte com a Espanhol Fluente para auxiliá-lo. Temos muito experiência no que se refere à capacitação de profissionais no idioma e, inclusive, nos aspectos culturais, sempre de acordo com o país em questão.