Flores Colombianas: tradição e bons negócios

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Todos os anos, no começo do mês de agosto, a cidade de Medellín, na Colômbia, se enche de cores para a Feira das Flores. Durante 10 dias milhares de pessoas se reúnem para assistir a essa celebração que foi criada em 1957 e conta com uma programação extensa.

A feira é realizada para lembrar e exaltar os valores de Antioquia, essa importante região produtora de flores onde se localiza Medellín. Nessa época, quem visita a cidade mergulha em suas profundas raízes e desfruta de um extenso programa de espetáculos com a apresentação de mais de 2 mil artistas em diferentes espaços.

Mas sem dúvida o momento mais aguardado da festa é o encerramento, com o desfile de “silleteros”, uma tradição que passa de geração em geração. Os agricultores que produzem arranjos florais os carregam em suas costas usando “silletas” (um suporte de madeira). Em cada uma delas, que pode pesar até 70 quilos, são levadas entre 25 e 70 variedades de flores. As “silletas” formam belas paisagens, retratos e mensagens com valores nativos. A rota deste desfile é de dois quilômetros e uma verdadeira multidão o acompanha.

A importância das flores para a Colômbia

Além de toda a tradição cultural, o plantio de flores hoje movimenta a economia do país. A Colômbia é o segundo maior exportador de flores do mundo e se destaca pela diversidade. São 1.600 variedades de espécies, que inclui rosas, cravos, astromélias, crisântemos, poms, hortênsias, antúrios, helicônias e folhagens.

O clima tropical da Colômbia e a qualidade do solo são duas das razões pelas quais suas flores são famosas em todo o mundo.

Essa atividade econômica também gera um alto impacto social e, em 2018, foi responsável por mais de 140.000 empregos rurais, especialmente para mães que são as únicas provedoras de suas famílias. Isso significa 17 empregos para cada hectare cultivado em 60 municípios colombianos, com uma rede de negócios de mais de 400 empresas.

O setor também está envolvido em programas de recuperação das famílias atingidas pelo narcotráfico. O cultivo de flores é apresentado como alternativa ao cultivo da coca, um grande problema no país.

Cerca de 95% da produção é destinada para o mercado internacional. A floricultura gera uma receita significativa em moeda estrangeira para a Colômbia. Em 2018, alcançou cerca de US$ 1,46 bilhão (259.523 toneladas), um aumento de US$ 57,9 milhões (11.394 toneladas) em relação ao ano anterior.

Em termos de países que recebem flores colombianas, os Estados Unidos, com uma participação de mercado de 78%, são os maiores receptores, com o aeroporto de Miami como principal ponto de entrada. Cerca de 4,3 bilhões de hastes foram exportadas para os Estados Unidos em 2018, um aumento de 0,8% em relação a 2017. O Reino Unido e o Japão representam 4% cada, o Canadá e os Países Baixos 3% e a Rússia 2%.

As flores exportadas do país são cultivadas principalmente em Cundinamarca (66%) Antioquia (32%) e no centro-oeste do país, incluindo Tolima, Bogotá e Boyaca (2%).

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