Telecom: América Móvil e seu impacto na economia mexicana

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De origem mexicana, a América Móvil é uma das empresas expoentes no setor de telecom mundial. Por isso, ela impacta não só a economia do país onde foi fundada, como também de todos os outros lugares em que ela mantém operações, como o Brasil. Saiba qual é o peso da América Móvil para México e como funciona a gestão das telecomunicações por lá nesse conteúdo da EF.

As dimensões da América Móvil dentro do setor de telecom A América Móvil foi fundada em 2000 e é uma grande empresa mexicana do setor de telecom que atua em todo o continente americano. Há alguns anos, ela incorporou a Telecel, principal operadora de celular do México e demais operadoras de celular do grupo. Atualmente, a América Móvil está presente também nos Estados Unidos e no Brasil. Por aqui ela possui cerca de 52 milhões de clientes e controla Claro, Embratel e NET.

O controle da América Móvil é exercido pela família do empresário Carlos Slim. De acordo com uma matéria da revista Exame [1], um ranking feito pela Forbes revelou que Slim é o homem mais rico da América Latina e o 13º a nível global.

No entanto, um revés aconteceu quando foram aprovadas novas normas para o setor de telecom no México, em 2014 [2]. Pois, um dos objetivos da legislação era combater a concentração no mercado local, em que se verificava o predomínio da América Móvil com 80% de market share em telefonia fixa e 70% em móvel.

Entre os principais pontos da legislação mexicana em vigor e que afetaram gigantes como a América Móvil estão: uma maior relevância para o Instituto Federal da Concorrência, órgão regulador de telecomunicações do México; a determinação de que empresas consideradas preponderantes deverão ceder, gratuitamente, sua infraestrutura para uso das concorrentes; e a regra que define que as
multas do órgão fiscalizador sobre as empresas de telecom passariam de 2% a 10% do faturamento da companhia.

Em artigo publicado no portal Terra [3], Ari Lopes refletiu sobre o cenário e elencou alguns obstáculos que se impõem para o setor de telecom no México. “Como se vê, as questões que se impõem no mercado mexicano não são simples, os primeiros frutos da reforma regulatória de 2014 parecem não terem dado os resultados esperados. A questão de fundo é uma falha em se reduzir a concentração do mercado, e o que fazer a partir de agora. Atualmente a realidade do mercado mexicano parece desincentivar todos os players pois a) o custo regulatório alto torna o ambiente hostil para atuais e potenciais investidores; b) operadoras desafiantes perdendo o fôlego e c) operadora incumbent não podendo aumentar investimentos em função das restrições regulatórias a que está submetida.”

O setor de telecom no Brasil No Brasil, o panorama é bem diferente e mais otimista. Há uma forte expectativa de que o setor de telecom continue sendo impulsionado pela expansão do 5G. Segundo a Conexis Brasil Digital [4], entidade que representa empresas de telecomunicação, é estimado que o setor mantenha os níveis de investimentos na média anual acima dos R$ 35 bilhões em 2023. Contudo, especialistas apontam que há a necessidade de modernizar legislações.

Vale sublinhar também que o 5G possibilitou a atuação de novas operadoras móveis. As faixas que vão oferecer o serviço no Brasil foram compradas em um leilão por 11 operadoras, sendo 6 dessas para novos operadores de serviço móvel no país. [5] São novidades: Fly Link LTDA; Neko Serviços de Comunicações, Entretenimento e Educação LTDA; Brisanet Serviços de Telecomunicações S.A.; Cloud2U Indústria e Comércio de Equipamentos Eletrônicos LTDA; Winity II Telecom LTDA e Consórcio 5G Sul.

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